sexta-feira, novembro 03, 2006

EdC - Novembro 2006

Três minutos de silêncio

(D´un Point-Coeur à l´autre, n° 46, março de 2004)

Nesta segunda-feira, como sinal de respeito pelas vítimas do terrível atentado de Madri, foi feito, em toda a Europa, três minutos de silêncio. Em muitas cidades, a circulação foi interrompida, em supermercados a música cessou e os caixas pararam seus trabalhos, nas usinas as máquinas pararam, nas escolas e universidade os professores se calaram. Três minutos de silêncio! Três minutos de silêncio todos juntos! Três minutos para lembrar-se… Três minutos para pensar… Três minutos para rezar… estes três minutos onde o tempo parece estar suspenso foram um fruto inesperado – ao menos houve um! – da tragédia espanhola. Desde então, eu não paro de sonhar que tais momentos de silêncio sejam regularmente dados, fora os dramas particulares, à toda humanidade junta. É que os homens de hoje têm necessidade de silêncio como o têm de oxigênio! Eles têm necessidade de parar! Eles têm necessidade de refletir gratuitamente. Uma tal decisão poderia prevenir muitas outras tragédias.

Três minutos para lembrar-se. Os acontecimentos se encadeiam uns aos outros. Como para destruir o tempo ao qual só o silêncio dá toda sua densidade. Alternativamente o SRAS1, um tremor de terra, a queda da Bolsa, os tumultos haitianos tomam como de assalto os boletins de informação do mundo inteiro… E às vezes isto de que falamos na véspera com tanto clamor parece não mais existir no dia seguinte. Uma palavra é o máximo que ainda se pode ouvir. E portanto, o Haiti e seus problemas existem ainda, a epidemia do SRAS talvez não seja definitivamente vencida… é preciso lentamente voltar aos acontecimentos para que eles falem, para que eles entreguem seus segredos, para que eles ensinem. Os acontecimentos do mundo e os acontecimentos de minha vida. É preciso lembrar-se! Que a memória possa prevenir os dramas de amanhã…

Três minutos para pensar. Em meio às prateleiras do supermercado, em meio às máquinas e aos computadores, em pleno tráfico, três minutos para refletir o sentido de tudo isto, aquilo que constitui além de tantos barulhos e movimentos, o essencial, o caminho que a humanidade toma. E pensá-lo na presença de corpos espedaçados dos Madri e de sua família em luto ou… de gestos de ternura de Madre Teresa. Para compreender que não existem atos isolados, palavras sem amanhã, pensamentos neutros, que tudo tem um sentido… membros de um mesmo corpo, somos intensamente ligados uns aos outros.

Três minutos para rezar. Pensar em todos estes acontecimentos que tão rápido se encadeiam e que nos colocam perante nossa impotência. Impotência, para bem se compreender o porquê. Impotência em dominar o futuro. Impotência para gerar hoje o shoah2 do povo judeu, o massacre cambodiano, a catástrofe de Chernobil, a guerra do Iraque… Nós os sabemos: a situação não é para manter-se imóveis » , quem quer que sejamos. É preciso agir, é preciso falar, é preciso lutar. Mas, o que dizer? Como agir? Lutar em que sentido? É preciso agir, e lutar, e falar em nome de Jesus Cristo. Ele o sabe. Se a história se desvia, não é à força de se esquecer do Mestre? É preciso adorar Deus. Para nos ajudar a compreender nosso lugar. É preciso tornar-nos mendigos de Deus. Para receber nosso pão de cada dia. Ele é o Pai, nós somos seus filhos salvos pela Paixão do Seu Filho. E isto não é somente uma realidade que concerne à vida privada de cada um. É uma realidade pública e objetiva a que o mundo inteiro está chamado a reconhecer para melhor corresponder ao seu destino.


Atentados, nunca mais! Silêncio, verdadeiro silêncio, cada vez mais!

Pe. Thierry de Roucy

1. vírus da gripe do frango – na Ásia

2. Palavra judaica que significa exterminação

sexta-feira, setembro 29, 2006

EdC - Outubro 2006

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O LXXX DIA MISSIONÁRIO MUNDIAL(Domingo 22 de Outubro de 2006)

"A caridade, alma da missão"


Amados irmãos e irmãs

1. O Dia Missionário Mundial, que celebraremos no domingo, dia 22 do próximo mês de Outubro, oferece a oportunidade para reflectir este ano sobre o tema: "A caridade, alma da missão". Se não for orientada pela caridade, isto é, se não brotar de um profundo acto de amor divino, a missão corre o risco de se reduzir a uma mera actividade filantrópica e social. Com efeito, o amor que Deus nutre por cada pessoa constitui o coração da experiência e do anúncio do Evangelho e, por sua vez, quantos o acolhem tornam-se suas testemunhas. O amor de Deus, que dá vida ao mundo, é o amor que nos foi concedido em Jesus, Palavra de salvação, ícone perfeito da misericórdia do Pai celeste. Então, a mensagem salvífica poderia ser oportunamente resumida com as palavras do Evangelista João: "E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho unigénito para que, por Ele, tivéssemos a vida" (1 Jo 4, 9). O mandamento de difundir o anúncio deste amor foi confiado por Jesus aos Apóstolos depois da sua ressurreição, e os Apóstolos, interiormente transformados no dia do Pentecostes pelo poder do Espírito Santo, começaram a dar testemunho do Senhor morto e ressuscitado. A partir de então, a Igreja continua esta mesma missão, que constitui para todos os fiéis um compromisso irrenunciável e permanente.

2. Por conseguinte, cada comunidade cristã é chamada a fazer conhecer Deus, que é Amor. Foi sobre este mistério da nossa fé que desejei deter-me para reflectir na Encíclica "Deus caritas est". Com o seu amor, Deus permeia toda a criação e a história humana. Nas origens, o homem saiu das mãos do Criador como fruto de uma iniciativa de amor. Depois, o pecado ofuscou nele a marca divina. Enganados pelo maligno, os progenitores Adão e Eva faltaram ao relacionamento de confiança com o seu Senhor, cedendo à tentação do maligno, que neles infundiu a suspeita de que Ele era um rival e queria limitar a sua liberdade. Assim, ao amor divino gratuito eles preferiram-se a si mesmos, persuadidos de que desde modo confirmavam o seu livre arbítrio. Consequentemente, terminaram por perder a felicidade original e experimentaram a amargura da tristeza do pecado e da morte. Mas Deus não os abandonou e prometeu-lhes, bem como aos seus descendentes, a salvação, preanunciando o envio do seu Filho unigénito, Jesus, que teria revelado na plenitude dos tempos o seu amor de Pai, um amor capaz de resgatar toda a criatura humana da escravidão do mal e da morte. Por conseguinte, em Cristo foi-nos comunicada a vida imortal, a própria vida da Trindade. Graças a Cristo, Bom Pastor que não abandona a ovelha perdida, aos homens de todos os tempos é conferida a possibilidade de entrar em comunhão com Deus, Pai misericordioso, pronto a acolher novamente em casa o filho pródigo. Um sinal surpreendente deste amor é a Cruz. Na morte de Cristo na cruz escrevi na Encíclica Deus caritas est"cumpre-se aquele virar-se de Deus contra si próprio, com o qual Ele se entrega para levantar o homem e para o salvar o amor na sua forma mais radical [...] É lá que esta verdade pode ser contemplada. E começando de lá, pretende-se agora definir em que consiste o amor. A partir daquele olhar, o cristão encontra o caminho do seu viver e do seu amar" (n. 12).

3. Na vigília da sua Paixão, Jesus deixou como testamento aos discípulos, reunidos no Cenáculo para celebrar a Páscoa, o "novo mandamento do amor mandatum novum": "É isto que vos mando: que vos ameis uns aos outros" (Jo 15, 17). O amor fraterno que o Senhor pede aos seus "amigos" tem a sua fonte no amor paterno de Deus. O Apóstolo João observa: "Quem ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus" (1 Jo 4, 7). Portanto, para amar segundo Deus é necessário viver nele e dele: Deus é a primeira "casa" do homem, e somente quem nele habita arde com o fogo da caridade divina, capaz de "incendiar" o mundo. Não é talvez esta a missão da Igreja de todos os tempos? Então, não é difícil compreender que a autêntica solicitude missionária, compromisso primordial da Comunidade eclesial, está vinculada à fidelidade ao amor divino, e isto vale para cada um dos cristãos, para cada comunidade local, para as Igrejas particulares e para todo o Povo de Deus. Precisamente da consciência desta missão conjunta haure vigor a generosa disponibilidade dos discípulos de Cristo, para realizar obras de promoção humana e espiritual que dão testemunho, como escrevia o amado João Paulo II na Encíclica Redemptoris missio, "da alma de toda a actividade missionária: o amor, que é e permanece o verdadeiro motor da missão, constituindo também "o único critério pelo qual tudo deve ser feito ou deixado de fazer, mudado ou mantido. É o princípio que deve dirigir cada acção, e o fim para o qual deve tender. Agindo na perspectiva da caridade ou inspirado pela caridade, nada é impróprio e tudo é bom"" (n. 60). Deste modo, ser missionário quer dizer amar a Deus com todo o próprio ser a ponto de entregar, se for necessário, a vida por Ele. Quantos sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, também nesta nossa época, deram o supremo testemunho do seu amor com o martírio! Ser missionário significa debruçar-se, como o bom Samaritano, sobre as adversidades de todos, de forma especial dos mais pobres e necessitados, porque quem ama com o Coração de Cristo não busca o seu próprio interesse, mas unicamente a glória do Pai e o bem do próximo. Aqui está o segredo da fecundidade apostólica da acção missionária, que ultrapassa as fronteiras e as culturas, alcança os povos e se espalha até aos extremos confins do mundo.

4. Estimados irmãos e irmãs, que o Dia Missionário Mundial constitua uma ocasião útil para compreender cada vez melhor que o testemunho do amor, alma da missão, diz respeito a todos. Com efeito, servir o Evangelho não deve considerar-se uma aventura solitária, mas um compromisso compartilhado por todas as comunidades. Ao lado daqueles que se encontram na linha de vanguarda nas fronteiras da evangelização e aqui penso com reconhecimento nos missionários e nas missionárias muitos outros, crianças, jovens e adultos, com a sua oração e a sua cooperação, contribuem de várias maneiras para a propagação do Reino de Deus na terra. Formulo bons votos a fim de que esta partilha aumente cada vez mais, graças à contribuição de todos. Aproveito de bom grado esta circunstância para manifestar o meu agradecimento à Congregação para a Evangelização dos Povos e às Pontifícias Obras Missionárias (P.O.M.) que, com dedicação, coordenam os esforços envidados em todas as regiões do mundo, em favor da acção de quantos se encontram na primeira linha nas fronteiras missionárias. A Virgem Maria, que com a sua presença aos pés da Cruz e a sua oração no Cenáculo, colaborou activamente nos primórdios da missão eclesial, sustente a sua acção e ajude os crentes em Cristo a serem cada vez mais capazes do amor verdadeiro, para que num mundo espiritualmente sequioso se tornem nascente de água viva. Formulo de coração estes votos, enquanto concedo a todos a minha Bênção.

Vaticano, 29 de Abril de 2006.
PAPA BENTO XVI


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domingo, setembro 17, 2006

EdC - Setembro 2006

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI AOS PARTICIPANTES NO II CONGRESSO MUNDIAL DOS MOVIMENTOS ECLESIAIS E DAS NOVAS COMUNIDADES

Queridos irmãos e irmãs!

Na expectativa do encontro previsto para sábado, 3 de Junho na Praça de São Pedro com os membros de mais de 100 Movimentos eclesiais e novas Comunidades, sinto-me feliz por vos enviar, representantes de todas estas realidades eclesiais, reunidos em Rocca di Papa no Congresso Mundial, uma calorosa saudação com as palavras do Apóstolo: "Que o Deus da esperança vos encha de toda a alegria e paz na fé, para que transbordeis de esperança, pela força do Espírito Santo" (Rm 15, 13). Ainda está viva, na minha memória e no meu coração, a recordação do precedente Congresso Mundial dos Movimentos eclesiais, realizado em Roma de 26 a 29 de Maio de 1998, ao qual fui convidado a dar a minha contribuição, então na qualidade de Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, com uma conferência sobre a posição teológica dos Movimentos. Aquele Congresso teve o seu coroamento no memorável encontro com o amado Papa João Paulo II a 30 de Maio de 1998 na Praça de São Pedro, durante o qual o meu Predecessor confirmou o seu apreço pelos Movimentos eclesiais e as novas Comunidades, que definiu "sinais de esperança" para o bem da Igreja e dos homens.

Hoje, consciente dos passos feitos a partir de então pelo caminho traçado pela solicitude pastoral, pelo afeto e pelos ensinamentos de João Paulo II, gostaria de me congratular com o Pontifício Conselho para os Leigos, nas pessoas do seu Presidente, D. Stanislaw Rylko, do Secretário, D. Joseph Clemens e dos seus colaboradores, pela importante e válida iniciativa deste Congresso Mundial, cujo tema "A beleza de ser cristão e a alegria de o comunicar" se inspira numa afirmação minha da homilia de início do ministério petrino. É um tema que convida a refletir sobre o que caracteriza essencialmente o acontecimento cristão: de fato, nele vem ao nosso encontro Aquele que em carne e sangue, visível e historicamente trouxe o esplendor da glória de Deus à terra. A Ele aplicam-se as palavras do Salmo 44: "Tu és o mais belo dos filhos dos homens!". E a Ele, paradoxalmente, fazem referência também as palavras do profeta: "...sem figura nem beleza. Vimo-lo sem aspecto atraente" (Is 53, 2). Em Cristo encontram-se a beleza da verdade e a beleza do amor; mas o amor, sabemo-lo, requer também a disponibilidade para sofrer, uma disponibilidade que pode chegar até à doação da vida por quem se ama (cf. Jo 15, 13)! Cristo, que é "a beleza de qualquer beleza", como costumava dizer São Boaventura (Sermones dominicales 1, 7), torna-se presente no coração do homem e atrai-o à sua vocação que é amor. É graças a esta extraordinária força de atração que a razão é subtraída ao seu entorpecimento e se abre ao Mistério. Revela-se assim a beleza suprema do homem que, criado à imagem de Deus, é regenerado pela graça e destinado à glória eterna.

Ao longo dos séculos, o cristianismo foi comunicado e difundiu-se graças à novidade de vida de pessoas e de comunidades capazes de dar um testemunho incisivo de amor, de unidade e de alegria. Precisamente esta força pôs tantas pessoas em "movimento" no suceder-se das gerações. Não foi porventura a beleza que a fé gerou no rosto dos santos a estimular muitos homens e mulheres a seguir as suas pegadas? No fundo, isto é válido também para vós: através dos fundadores e dos iniciadores dos vossos Movimentos e Comunidades individuastes com singular luminosidade o rosto de Cristo e pusestes-vos a caminho. Também hoje Cristo continua a fazer ressoar no coração de muitos aqueles "vem e segue-me" que pode decidir o seu destino. Isto acontece normalmente através do testemunho de quem fez uma experiência pessoal da presença de Cristo. No rosto e na palavra destas "criaturas novas" torna-se visível a sua luz e ouve-se o seu convite.

Portanto digo-vos, queridos amigos dos Movimentos: fazei com que eles sejam sempre escolas de comunhão, companheiros a caminho nos quais se aprende a viver na verdade e no amor que Cristo nos revelou e comunicou por meio do testemunho dos Apóstolos, no seio da grande família dos seus discípulos. Ressoe sempre no vosso coração a exortação de Jesus: "Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está no céu" (Mt 5, 16). Levai a luz de Cristo a todos os ambientes sociais e culturais em que viveis. O impulso missionário é comprovação da radicalidade de uma experiência de fidelidade sempre renovada ao próprio carisma, que leva além de qualquer fechamento cansado e egoísta em si. Iluminai a obscuridade de um mundo transtornado pelas mensagens contraditórias das ideologias!

Não há beleza que tenha valor se não há uma verdade a ser reconhecida e seguida, se o amor se limita a sentimento passageiro, se a felicidade se torna miragem inalcançável, se a liberdade degenera em instintividade. Quanto mal é capaz de produzir na vida do homem e das nações a vontade do poder, da posse, do prazer! Levai a este mundo perturbado o testemunho da liberdade com que Cristo nos libertou (cf. Gl 5, 1). A extraordinária fusão entre o amor de Deus e o amor do próximo torna a vida bela e faz florescer o deserto no qual com frequência vivemos. Onde a caridade se manifesta como paixão pela vida e pelo destino do próximo, irradiando-se nos afetos e no trabalho e tornando-se força de construção de uma ordem social mais justa, ali constrói-se a civilização capaz de enfrentar o avanço da barbaridade. Tornai-vos construtores de um mundo melhor segundo a ordo amoris na qual se manifeste a beleza da vida humana.

Os Movimentos eclesiais e as novas Comunidades são hoje sinal luminoso da beleza de Cristo e da Igreja, sua Esposa. Vós pertenceis à estrutura viva da Igreja, Ela agradece-vos pelo vosso compromisso missionário, pela ação formativa que desempenhais de modo crescente sobre as famílias cristãs, para a promoção das vocações ao sacerdócio ministerial e à vida consagrada que desenvolveis no vosso âmbito. Agradece-vos também pela disponibilidade que demonstrais ao receber as indicações operativas não só do Sucessor de Pedro, mas também dos Bispos das diversas Igrejas locais, que são, juntamente com o Papa, guardas da verdade e da caridade na unidade. Confio na vossa obediência imediata.

Além da afirmação do direito à própria existência, deve prevalecer sempre, com indiscutível prioridade, a edificação do Corpo de Cristo no meio dos homens. Qualquer problema deve ser enfrentado pelos Movimentos com sentimentos de profunda comunhão, em espírito de adesão aos Pastores legítimos. Ampare-vos a participação na oração da Igreja, cuja liturgia é a mais alta expressão da beleza da glória de Deus, e constitui de certa forma um aproximar-se do Céu à terra.

Confio-vos à intercessão daquela que invocamos como a Tota pulchra, a "Toda bela", um ideal de beleza que os artistas sempre procuraram reproduzir nas suas obras, a "Mulher vestida de sol" (Ap 12, 1) na qual a beleza humana se encontra com a beleza de Deus. Com estes sentimentos envio-vos a todos, como penhor de afeto constante, uma especial Bênção Apostólica.
Vaticano, 22 de Maio de 2006.

PAPA BENTO XVI © Copyright 2006 - Libreria Editrice Vaticana